Flores no chão, flores se vão,
Também disso é feito o ciclo da vida.
Não há como deter os acontecimentos.
Chega sempre um momento de ir... embora.
Impulsionada pelo vento-tempo,
a suavidade da pétala que floresceu um dia
vibra e voa... arrisca-se num salto libertador.
Solta-se numa espécie de dança-entrega!
Mergulha no cosmo, em busca de si mesma.
Depois, no conforto do encontro com a mãe-terra
Descobre que há encantos em todo canto....
Ali no chão, no entrelaçamento com outros seres-flor,
refaz conexões com substratos geradores de vida
e, finalmente, entende a poesia do voo, de desapegar-se...
Há sempre a esperança de renascer... um dia.
Maria Luiza Cardinale Baptista
(Foto: João Romanini)
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